Terça, 9 de julho
O anjo do Senhor fica em volta [...] e os protege
do perigo. Salmo 34:7
Não é surpresa nenhuma que o Palácio de Buckingham
seja o endereço mais vigiado de Londres. Afinal, é ali que mora a rainha do
Reino Unido. Quando ela resolve viajar de avião, os aeroportos fecham o espaço
aéreo. Se ela prefere ir de carro, o trânsito vira um caos, com ruas
bloqueadas. Se ela fica no palácio, a segurança no local é reforçadíssima.
Guardas reais, com seus chapelões pretos, ficam petrificados como estátuas nos
acessos do palácio. Quem ousa atravessar sem a devida autorização é preso.
Por causa desse cuidado, em dias determinados, às
11 horas da manhã, ocorre um espetáculo promovido pelos guardiões da realeza.
Milhares de turistas se aglomeram próximo aos portões do palácio para
testemunhar a famosa troca da guarda real. A liturgia do procedimento é
detalhada, o que inclui cavalos nobres, música oficial e guardas impecavelmente
trajados.
Sabe de que isso me lembra? De outra troca da
guarda, registrada na Bíblia. Paulo e Silas foram condenados apenas por fazerem
o bem. Foram presos e jogados no fundo da cadeia mais protegida da cidade. Os
guardas pagariam com a vida se descuidassem daqueles homens, considerados
perigosíssimos. O estranho era ver os supostos criminosos cantando, recitando
versos e orando ao Senhor. O lugar parecia mais uma igreja do que uma prisão.
À meia-noite, porém, guardiões mais poderosos,
vindos do Céu, assumiram o controle da prisão. Um tremor abriu as portas. As
algemas se soltaram como se fossem de papelão, e uma confusão absurda tomou
conta do lugar. Os presos estavam soltos. Antes de o carcereiro se matar,
antecipando a condenação que certamente lhe caberia, os apóstolos impediram
aquele ato de desespero. Ainda naquela noite incrível, o guarda se entregou a
Jesus.
Os guardiões celestiais que estiveram com Paulo e
Silas também estão o tempo todo à sua disposição. A cada dia, os guardas do bem
o protegem das tentações, perigos e ciladas do inimigo. É melhor estudar e
brincar com os anjos ao seu lado do que ter a proteção de todos os soldados da
rainha britânica.
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