V i s i t a s

visitas

terça-feira, 26 de junho de 2012

DIÁRIO DE UM BEBÊ




1º Mês

Completo hoje trinta dias e confesso que já estou farto de ouvir.”bilu-bilu” o dia inteiro na minha cara. Por que os adultos não falam direito, fazem voz esquesita e fanhosa, e sabem que não entendo nada do que dizem e muito menos falando assim?


2º Mês

Percebo que estão todos apreensivos, suas caras mudam de expressão depois que abrem o jornal e comentam que o preço do leite vai subir, Não sei por que esta preocupação se o leite que tomo é de graça e é a mamãe que fornece. Se o leite subir, até que é bom, porque a mamãe pode ficar rica.


3º Mês

Quero esclarecer que, quando molho a fralda, choro muito, mas é por causa da despesa que estou dando. Sei como está difícil arranjar empregada pra lavar todo dia. Outra coisa que me chateia e não posso reagir é quando as visitas dizem que sou a cara do PAI. No princípio eu não ligava, mas agora, que já vi a cara do PAI, não Gosto Muito.


4º Mês

A vovó tem mania de ficar me”balançando” no colo e pensa que durmo por causa disso. Mas não é não. É por que fico tontinho e desmaio. A mamãe passa o dia inteiro lendo livros pra saber cuidar de mim, mas os livros são tão diferentes que quem sofre sou eu, pois ela fica sem saber o que fazer.


5º Mês

Não gosto muito quando a mamãe insiste em tirar a chupeta e o papai diz que é melhor do que ficar chupando dedo. O que me incomoda não é nem a falta da chupeta nem o do dedo; é a discussão na minha cara.


6º Mês

Não gosto do meu pediatra, porque todo mês receita um monte de sopas que eu detesto e um monte de remédios que quem detesta é a mamãe. Só gosto daqueles “ Ferrinhos” que ele traz na malinha, Mas toda vez que seguro um pra brincar, ele tira da minha mão. Só sabe enfia-los em minha garganta.


7º Mês

Quanto as mamadeiras, acho bom entenderem de um vez por todas que quando não quero tomar, não adianta insistir, nem me passar de mão em mão pra cada um tentar uma vez.o problema não é trocarem de pessoas – é trocarem o leite, que eu conheço e gosto.


8º Mês

Aqui em casa todos acreditam nos livros que ensinam “como cuidar de bebê”, mas nenhum médico nunca me consultou do que gosto e doque não gosto, pois quando eles escreveram seus livros eu nem tinha nascido. Seguir estatística é nisso que dá: Quem entra pelo cano sou eu.


9º Mês

Não adianta ficarem dizendo na minha cara “mama” e “papá”, porque o certo é “mamãe” e “papai”. As pessoas grandes ensinam a gente a falar errado porque que é mais engraçadinho – depois eu sei o que acontece: de tanto a gente falar errado, eles acabam colocando a gente pra escola pra aprender a falar direito.


10º Mês

Coisa de que não gosto é quando chegam visitas: entram no meu quarto pra ver se estou dormindo e ficam falando baixinho que estrou acordado. Depois vem outro e diz que estou dormindo, depois vem outro e diz que acha que estou acordado – ninguem se manca, pois com todo mundo cochichando não consigo Durmir.


11º Mês

Muito Constrangedor é quando deixo a sopa no prato, só pela cara da mamãe já sei que o preço dos legumes subiu de novo. Coisa que não entendo é que todo mundo concorda que não se deve bater numa criança, mas De vez enquando me dá umas palmadas. Não quero crescer nunca, acho gente grande muito nervosa.


12º Mês

A Maior emoção da minha vida foi quando conseguir ficas de bruços,porque esse negócio de ficar deitado de costas é muito bom, mas é pro papai, Agora estou engatinhando e ouço dizer muito em breve que começarei a andar. Eles não perdem por esperar :assim que eu começar a andar, saio de casa.


Leon Eliachar (O Homem ao Zero)

segunda-feira, 25 de junho de 2012

TODO MUNDO, ALGUÉM, QUALQUER UM E NINGUÉM



Esta é uma história de quatro pessoas: TODO MUNDO, ALGUÉM, QUALQUER UM e NINGUÉM.
 Havia um trabalho importante a ser feito e TODO MUNDO tinha certeza de que ALGUÉM o faria.
 QUALQUER UM poderia tê-lo feito, mas NINGUÉM o fez.
 ALGUÉM zangou-se porque era um trabalho de TODO MUNDO.
 TODO MUNDO pensou que QUALQUER UM poderia fazê-lo, mas NINGUÉM imaginou que TODO MUNDO deixasse de fazê-lo.
 Ao final, TODO MUNDO culpou ALGUÉM quando NINGUÉM fez o que QUALQUER UM poderia ter feito.



(Autor Desconhecido)

terça-feira, 5 de junho de 2012

"Já imaginou o senhor, aonde estaria se tivesse e-mail!?"



É uma velha ilustração que foi adaptada para a nossa época (é apenas uma ficção):


Seu José era um senhor humilde, com seus mais de quarenta anos, que morava numa grande metrópole brasileira. Veio do Nordeste com sua família e, como muitos, sonhava com uma vida melhor. Mas teve muitas dificuldades ao chegar em sua nova cidade, conseguindo fazer alguns bicos como ajudante de pedreiro, vendedor ambulante, vigia noturno e outros "bicos". 

Até que um dia ele conseguiu um bico como faxineiro de em uma pousada. Deu-se tão bem que decidiu fazer alguns cursos  de especialização em limpeza em geral. Mas, infelizmente, depois de um ano, a pousada faliu e ele foi demitido.

Desempregado, saiu novamente a procura de emprego por alguns meses. No jornal, deparou-se com com anuncio de uma vaga de auxilar em serviços gerais na Empresa MICROSOFT no Brasil. Pegou duas conduções e chegou a fachada no Edilício Imponente. Conversando com algumas pessoas na recepção, descobriu que era uma das empresas mais ricas do mundo, cujo ramo era Informática e que pagava muito bem, até mesmo para os funcionários mais simples. Levou todos os certificados de cursos, referencias dos seus empregadores e numa avaliação entre quase 30 candidatos foi considerando o mais apto.

A Felicidade estava estampada em seu rosto. O Auxiliar do RH da Empresa começou a fazer a ficha para que o Chefe da seção pudesse fazer os tramites de efetivação e perguntou: 

- Seu José, vamos fazer seu pré-cadastro e marcaremos o dia no qual o senhor irá se apresentar, trazendo todos os seus documentos. Mas para isso, precisamos colocar o seu endereço de correio eletrônico, o e-mail, na sua ficha e enviar a lista de documentos e...

- E-mail, senhor, - disse seu José, - Não tenho este negócio não!

- Não acredito, seu José, que em pleno século 21, com todos os esforços do governo e de entidades sociais, o senhor não possua e-mail.

- Mas moço, vim aqui para fazer limpeza e não "mexer" neste negócio de computador!

- Bem, seu Jose, como bem o senhor sabe, ou deveria saber, - disse o Auxilar de RH, com tom sarcástico, - esta empresa trabalha com tecnologia de última geração e todos os funcionários, não importando qual área pertença, tem que estar "antenado" com o mundo atual. Infelizmente, o Senhor não está enquadrado no perfil da empresa e teremos de dispensá-lo.

Seu José ficou paralisado, quase em choque, por escutar estas palavras. Pensou consigo mesmo: "Isto não pode estar acontecendo. Conheço diversas maneiras de limpar todos os tipos de ambiente. Meu Deus! Conheço até as técnicas de lavagem à seco. Por acaso, em lugar do rodo e da vassoura vou usar este negócio de computador para limpar o chão e a vidraça???".

De cabeça baixa, Seu José saiu da Edifício se sentindo um "lixo". Se não tivesse obtido o emprego por um motivo "justo" como um outro concorrente mais aprimorado, não estaria triste mais por não ter este tal de e-mail, era muita humilhação. Mas a vida continua e tinha de voltar para casa. Só que estava com um grande dilema: Só tinha R$ 10,00 no bolso e no dia anterior seus filhos não tinha comido nada, nem no almoço, nem no jantar. Se pagasse a passagem dos ônibus de volta, não teria dinheiro para comprar nada para comer naquele dia e só conseguiria um "bico" só dois dias à frente. E agora?

Uma quadra à frente ele tinha visto uma banca de quitandeiro que vendia lindas frutas e verduras. Ela estava quase fechando pelo fim do expediente. Conseguiu bom preço por uma dúzia de bananas, um saco de laranjas alguns tomates, batatas e cenouras, maças e peras. Colocou numa caixa de madeira, e carregou-os sobre a cabeça e foi andando para casa, que ficava há uma distância de quase 15 km. No meio do caminho, percebeu que poderia economizar um 2km andando por meio de um bairro nobre da cidade. Fez isto.

Nem atravessou as primeiras casas quando um carro preto importado parou ao seu lado e do banco de trás um senhora bem vestida, coberta por joias, o abordou dizendo:

- Senhor, Senhor estas frutas são muito lindas. Hoje vou receber algumas visitas em minha casa, de última hora, e como são vegetarianos não tenho nada para oferecer para oferecer de imediato. Pago o preço justo por estes vegetais!

- Senhora, é que estas frutas não estão a venda e...

- Como disse, vou pagar o preço justo, aqui estão R$ 70,00. E é para uma boa causa.

- Então estão aqui, senhora. - Disse seu José sem pestanejar...

- Muito bom... Gostei do Senhor! Aqui está o dinheiro e o meu cartão. Quando tiver frutas maravilhosas como estas, é só ir a minha residência que minha secretaria comprará do Senhor.

- Muito Obrigado, Senhora, mas acho que não vão deixar entrar neste bairro para vender e...

- Não se preocupe! Meu filho é o administrador do bairro e qualquer coisa é só ligar para o telefone de minha secretaria e ela resolverá tudo. Muito Obrigado!

Seu José saiu de lá como se carregado por anjos! Além, de pagar a condução de casa, tinha dinheiro para bom jantar para sua família. E acabou de descobriu que tinha um bom olho para frutas e verduras e isso seria de bom benefício para ele. 

Dois dias depois, ele foi novamente a quitanda aonde comprou as frutas e verduras, fez um mix de um pouco de tudo e levou a residência daquela senhora e, de R$ 25,00 que tinha gasto, lucrou mais de R$ 100,00. Vizinhos que tinham vistos as frutas e verduras quase imploraram para que retorna-se no dia seguinte e trouxesse mais que também comprariam. no outro dia, pegou um bicicleta cargueira emprestada, comprou agora do fornecedor do quitandeiro os hortifrutigranjeiros e tornou-se o fornecedor oficial do Bairro. Nenhum outro tinha autorização de perambular pelo Bairro. 

Depois de alguns meses comprou "financiada" um perua de 3ª mão. E um ano, comprou outra perua e começou a comercializar seus produtos e outros bairros. Em dois anos já possuía bancas no CEASA e nos bairros nos quais comercializava. Em cinco anos, comprou um mini-mercado e em 10 anos já era dono de vários estabelecimentos comerciais  na cidade e fora dela. Seus filhos já estavam na faculdade, moravam já numa casa confortável e até ajudavam parentes com problemas financeiros.

Seu José agora era o Senhor José Maria Pereira, um dos maiores empresários emergentes da cidade. Fazia comerciais até na televisão e era bem conhecido na mídia. Um dia, em uma de suas mercearias, estava fazendo o recebimento de um lote hortaliças orgânicas e o entregador puxando conversa com ele disse:

- Seu José Pereira, estamos com muitos produtos como uma linha de alimentos macrobióticos que estão muito na moda. Eu, no momento, não tenho nenhum fôlder mas posso mandar para o seu e-mail pessoal. Então qual é?

- É o quê?

- Seu e-mail, Seu José?

- E-mail? Tenho este negócio não?

- Mas seu José Pereira, estamos vivendo numa época com um avanço tecnológico muito grande. Hoje, até bebezinho já são estimulados com computadores e a informação é muito ágil. Seu José, o senhor é um empresário bem sucedido! O Senhor já imaginou aonde o Senhor estaria se tivesse tecnologia do e-mail???.

- Já, com certeza, - Respondeu rindo Seu José, - SERIA HOJE FAXINEIRO DA MICROSOFT, rsrsrs!


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